quinta-feira, 14 de maio de 2009

descobri.a.felicidade

E mais uma vez a vontade de que o futuro chegue mais rápido vem me fazer rir. Rir ? A eu não rio com as minhas ideias. Rio? Talvez eu ria por dentro. Você já riu por dentro? Aquela sensação de estar na descida de uma montanha russa, gritando igual uma retardada sem limite nenhum , mais rindo por dentro com aquele friozinho na barriga fazendo companhia , ou a sensação de se trancar dentro de você mesma e imaginar, viajar totalmente, ser autista mesmo e depois ‘acordar’ e rir sozinha. Eu já ri por dentro, vivo rindo, eu me tranquei em mim agora mesmo, eu me imaginei numa sala gigante, lotada de nerds mongóis prestando um vestibular fodão, só eu e as poucas pessoas normais que estavam lá passávamos . Logo eu já morava num apartamento legalzinho, estudava pra cacete, a noite chegava e eu tava lá, eu olhava pela janela e via as pessoas caminhando naquele terrível frio, como um copinho de chocolate quente visivelmente saboroso, eu saía de casa e imitava-as, andava com o meu chocolate quente, voltava pra casa mais tarde, dormia. No dia seguinte eu encontrava um rapaz gato, daqueles que fazem os olhos femininos brilharem, eu já era outra e a timidez não existia mais, eu olhava pra ele quando ele não olhava pra mim e via pelo canto do óculos que ele olhava pra mim quando eu não tava olhando, eu tomei a decisão, arrumava o cabelo e fazia uma cara sexy, seguia agora com determinação na direção dele, conversamos um poucos e logo já éramos velhos amigos desconhecidos. A noite , depois de uma semana, a gente saía pra tomar chocolate quente e romanticamente numa noite de inverno a gente se beija . melancólico. Casamos. Eu chego do trabalho depois dele e me deparo com as crianças acordadas brincando na sala com ele. Bonito. Aí eu acordei, ri por dentro e percebi que eu sonho pra caralho com coisas praticamente impossíveis, monótonas e legai, e mesmo assim consigo ser feliz por alguns segundos.

(Rafaella)

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