quarta-feira, 7 de abril de 2010

E agora eu sei, não sou culpada por ser EU.

Eu espero aqui sozinha pra entrar ali e ouvir coisas que eu estou precisando ouvir há tempos. Eu to esperando pra ouvir que isso um dia passa e que não é minha culpa, que todo mundo muda e que chegou a minha vez. E então voltar pra casa aliviada, respirar fundo e dormir. Dormir.
É fácil ensaiar na espera de fazer algo que eu nunca faço e errar ou esquecer tudo depois ( e aí descobrir que o melhor a se falar é o que você pensa quando tudo já passou) . Mas é difícil ensaiar, treinar, enrolar uma coisa que só acontece uma vez, tipo o amor.Não, eu não to amando nem to apaixonada, mas eu amo o amor, acho lindo, e amo ver que tem gente que ainda sabe amar.
Depois daquela conversa eu resumi que eu sei o que me seduz e pra o que eu cagaria em cima. Depois daquele dia ficou uma angústia em mim e eu não sabia de mais nada, e o AMOR não tem nada a ver com isso. E depois de tudo isso eu só queria três coisas: Dormir, chorar e ter palavaras.
É, eu queria morrer de dormir na minha cama, chorar de soluçar olhando a tela do computador e mergulhar nas palavras ( que eu não conseguia achar ) de algum livro que identificasse pra mim que dor ou que angústia era aquela que eu sentia. Eu só não queria ver ou falar com ninguém, nem precisar fingir que eu não tinha nada, mas nunca é assim e eu continuei, na minha, quieta, sozinha e feliz por não ter que dizer nada. E aí, eu escutei algo que não me importava tanto e que nem me interessou, e eu não tinha palavras, e eu mais uma vez não disse nada, fiquei calada. E então eu esperei, sozinha, tranquila e calma pra ouvir que nem sempre a culpa é minha.


Rafaella

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