sexta-feira, 22 de maio de 2009

finais.ponto.final.

Há um bom tempo eu to com esse texto na cabeça, falando pra mim: me bota num papel por favoor ! Mas só agora ele me veio realmente à ponte do lápis. Já escrevi sobre sonhos, futuro, saudade , amor. Mas nunca sequer citei finais. Finais. De relacionamentos, de vidas, de amizades.
Eu não sou de me conformar com finais, não tão fácil assim. Nenhum motivo me convence ao menos que eu deseje esse fim. Não há quem não sofra com finais, é como um vício, você acostuma, sabe que terá quando precisar e precisa de ao menos uma dose por dia. E de repente essa dose some, não está mais ali, talvez por ter levado um não, ou um acabou ou um não dá mais ou simplesmente ter a morte como final. Há sofrimento, choro, calmantes, comida. Já que é pra falar de finais, vamos falar do mais triste dos finais, a morte. Ela não nos dá o direito de volta, recomeço, não tenta dialogar pra ver se resolve, ela somente acontece e não tem mais jeito. A morte é realmente cruel.
Uma história quando desfeita sempre faz alguém chorar, de amor, dor, saudade ou só felicidade por se livrar do que já nem era tão bom.
A única coisa que me justifica um definitivo fim é a morte. Traições magoam, brigas magoam, falta de amor magoa, mas pra tudo isso há o tempo, que concerta as piores cagadas. Mas pra morte não há tempo que cure o vazio, o espaço que fica. Pra morte restam apenas boas memórias, fotos, lembranças e só.



(Rafaella)

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