Eu não sou de me conformar com finais, não tão fácil assim. Nenhum motivo me convence ao menos que eu deseje esse fim. Não há quem não sofra com finais, é como um vício, você acostuma, sabe que terá quando precisar e precisa de ao menos uma dose por dia. E de repente essa dose some, não está mais ali, talvez por ter levado um não, ou um acabou ou um não dá mais ou simplesmente ter a morte como final. Há sofrimento, choro, calmantes, comida. Já que é pra falar de finais, vamos falar do mais triste dos finais, a morte. Ela não nos dá o direito de volta, recomeço, não tenta dialogar pra ver se resolve, ela somente acontece e não tem mais jeito. A morte é realmente cruel.
Uma história quando desfeita sempre faz alguém chorar, de amor, dor, saudade ou só felicidade por se livrar do que já nem era tão bom.
A única coisa que me justifica um definitivo fim é a morte. Traições magoam, brigas magoam, falta de amor magoa, mas pra tudo isso há o tempo, que concerta as piores cagadas. Mas pra morte não há tempo que cure o vazio, o espaço que fica. Pra morte restam apenas boas memórias, fotos, lembranças e só.
(Rafaella)
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